domingo, 4 de junho de 2017

O Sutil Ajuste da Quiropraxia Instrumental



“Muito mais do que apenas colocar algo no lugar”

       Frequentemente nos deparamos com o pensamento de algo não está no lugar em nosso corpo, principalmente quando nos referimos a nossa “Coluna Vertebral”.

            Na realidade, a nossas articulações não saem do seu lugar de forma alguma, a menos que estejamos nos referindo a uma luxação ortopédica devido a trauma severo, fratura...

            Quando nos referimos em quiropraxia ao termo “subluxação”, estamos descrevendo uma condição que aponta para um quadro de bloqueio de um ou mais planos de movimento de uma articulação (flexão, extensão, rotação ou inclinação), gerando alterações cinesiológicas, neurológicas, bioquímicas e miológicas, que irá expressar-se através desconforto local, alteração de tônus muscular, formação de bandas tensas na musculatura, restrição de movimentos, compensações em articulações distantes e alterações de temperatura na região acometida. Porém, as subluxações não geram consequências apenas nas articulações e na musculatura, pois o nosso corpo é uma unidade funcional harmônica e interdependente, dessa forma, as raízes nervosas que atravessam as articulações subluxadas sofrerão interferências na condução nervosa causando disfunções nos tecidos, áreas corpóreas, órgãos e vísceras que são inervados por esses segmentos. Então, uma pessoa que sofre alterações digestivas, alterações de sono, humor e até mesmo do ritmo cardíaco podem estar sofrendo interferência devido à uma vértebra subluxada? Talvez... Essa é uma das possibilidades! Porém, como a rede de interdependência é complexa, não podemos afirmar que a alteração em um órgão dependa unicamente da integridade das vias nervosas, pois temos também causas internas, alimentares e psíquicas, entretanto, a saúde e integridade do sistema nervoso contribuem positiva e significativamente nessas disfunções.

            A neurociência está começando a descobrir a interação entre as conexões do estado emocional e a condição física, pois existe uma gama de substâncias químicas conhecidas como neuropeptídeos que atuam no sistema nervoso como transmissores de informações. Dependendo da composição desses hormônios fluindo através de nós, iremos refletir o que estamos sentindo emocionalmente.
            Grandes quantidades desses químicos localizam-se na nossa medula espinhal, isso significa que as nossas emoções e sentimentos são vivenciados por todo o nosso corpo e não apenas em nossa mente.

Isso nos remete a três possibilidades:

è Muitos bloqueios na coluna e nas articulações do corpo se desenvolveram enquanto estávamos lidando com situações de estresse, tensão, ou mesmo “pensando sobre o problema”. Dessa forma, nem sempre teremos disfunções devido à sobrecarga biomecânica ou fatores físicos. Emoções, pensamentos e sentimentos podem gerar um impacto considerável na nossa saúde e bem-estar.

è A coluna pode gerar prejuízos na mente: Devido às subluxações, as vias de informação do corpo ficam comprometidas da mesma forma que um instrumento musical perde a afinação. Comparativamente, perdemos a fluidez nos movimentos, manifestamos alterações na transição de um movimento para o outro, perda de equilíbrio, dores musculares e articulares, e a nossa mente poderá revelar sinais de labilidade potencializando conflitos e ainda distorcer a intensidade das nossas emoções, causando ainda mais conflitos interpessoais, alteração de sono, entre outros sintomas. A medicina convencional classificará essa condição como um equivalente depressivo (psicossomático) e prescreverá antidepressivos que causarão um novo problema e não atuarão sobre esses desequilíbrios na produção e circulação de neuropeptídios.

è Quando ajustamos a coluna vertebral o corpo pode sentir bem-estar, relaxamento, uma melhora imediata das condições físicas e psíquicas. Outra possibilidade comum é o paciente começar a lembrar dos momentos e fatores que geraram os seus sintomas, nesses casos algumas pessoas podem apresentar desconforto mental e podem necessitar de suporte adicional, porém isso é o resultado de estarmos atuando nas raízes do problema.

A técnica associa conforto, precisão e suavidade

A Quiropraxia Instrumental é realizada com um instrumento que produz uma manipulação de alta velocidade e baixa amplitude, permitindo a modulação precisa da força, intensidade e direcionamento do ajuste articular de acordo com a subluxação encontrada, e também em relação à idade, constituição física e fase da disfunção (aguda, subaguda e crônica), sendo uma abordagem confortável para o paciente e também para o profissional.

Embora no Brasil ainda seja uma novidade, nos EUA a técnica começou a ser desenvolvida em 1923 por Van Rumpt através da abordagem Non-Force, sendo apresentada em 1945.  Baseado na técnica Van Rumpt, em 1958 Arlan Fuhr começa a desenvolver um instrumento para os ajustes com precisão, suavidade e eficácia, sendo em 1961 o ano em que houve a popularização do seu método.
Atualmente a quiropraxia instrumental é a segunda técnica mais utilizada nos Estados Unidos, e a primeira em número de publicações científicas.


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